19 agosto 2008

Mensagem Final

Ao deixar a vida escutista activa não faz, para mim, sentido continuar a usar este espaço para escrever o que passa pela cabeça. Este espaço termina aqui, hoje e, quem sabe, poderá surgir outro mais abrangente em termos temáticos.
Até Sempre

Mensagem aos meus companheiros

Caros irmãos escutas,
Quero, antes de mais, agradecer a todos pela oportunidade que me deram de participar neste acampamento de verão que marcou o final desta minha aventura escutista de quase 3 décadas recheadas de bons momentos partilhados com excelentes companheiros.
Desejo a todos Boa Caça na continuação do método escutista e na sua aplicação neste nosso Agrupamento 625.
Para mim chegou a hora de partir, aliás, acho que já tinha chegado á algum tempo mas não lhe dei ouvidos. Já não consigo trazer nada de novo ao Agrupamento e a minha intermitente presença não acrescenta valor pedagógico ao grupo. Lugar aos mais novos! Deixo-vos muito carinho e umas insignificantes mensagens:
Ao Clã, a minha unidade de sempre, deixo uma ideia simples que sempre me acompanhou: na mochila e além do pão e da bíblia coloquem uma boa dose do 8º artigo da lei - o escuta tem sempre boa disposição de espírito – e não se esqueçam dos 3 ingredientes base de uma boa actividade de campo: bom local para dormir, boa comida e sitio para tomar banho! Que melhor maneira de chegar á reforma do que partilhar uma actividade de campo convosco? Sejam perseverantes e objectivos na busca da vossa autonomia, preservem e defendam até à exaustão o espírito de Clã mas busquem na Equipa a essência da vossa caminhada. Caminheiro Sempre Alerta para Servir!
Rafa, foste um lobito difícil de espírito distante e sempre «na lua», passaste a caminheiro de humor fácil e sempre pronto para uma brincadeira, és agora um líder responsável e atento aos teus lobitos trilhando um caminho seguro que, certamente, se irá consolidar numa maior autonomia da alcateia.
Raquel, não temas a responsabilidade porque estás bem preparada para ela. Talento tens de sobra, determinação e objectividade também. Tiveste um líder de equipa excepcional mas agora a equipa é tua e é dentro dela que deves procurar o caminho a seguir e tomar decisões, é sempre dentro da equipa e nunca fora dela, esta é a receita da coesão e do sucesso de um grupo.
Zé, não tenho nada de novo para te dizer porque, se isto fosse Formula 1 e eu fosse o Alain Prost tu serias certamente o Ayrton Senna e tudo o que te dissesse seria uma repetição de velhos métodos que já alteraste para melhor. Vais agora enfrentar um novo desafio com a naturalidade própria de quem se conhece perfeitamente a si mesmo.
Paulo, cuida bem dos «meus meninos», procura na serenidade e na ponderação a linha da tua liderança e lembra-te que vais encontrar rapazes e raparigas que conheces bem porque foram teus pioneiros mas que já não são pioneiros. Este passo que agora dás é a evolução lógica para um escuteiro com a tua experiência e vai-te ser fácil porque, aliado a essa experiência e à tua disponibilidade, tens no Clã um imenso capital humano capaz de mudar o mundo.
À Direcção vos garanto: nunca o nosso Agrupamento teve uma equipa tão coesa e em que os seus elementos estivessem, realmente, todos a pensar «debaixo do mesmo chapéu». A Ju, a Isabel e o Nuno formam um grupo muito unido e engraçado e essa poderá ser a razão da estabilidade que o agrupamento atravessa.
Uma forte canhota deste que já foi um Raposa Veloz e agora se retira como um pequeno Caruncho, O Bicho da Madeira.
Sempre Alerta para Servir
João Paulo Gonçalves

07 junho 2008

Uma pequena gota de agua salgada e sentida

Ver uma criança chorar é triste mas comum, as crianças são assim mesmo: choram fácilmente porque controlam mal a dor e as emoções.
Mas ver um homem chorar é avassalador porque, quando um homem chora, a sua dor tornou-se já insuportável.
Hoje acompanhei um amigo que foi levar a sua mãe à morada eterna, e doeu!
Já volto

06 abril 2008

Será desta?


Bem, parece que os rapazinhos acertaram, devem ter levado um belo puxão de orelhas e lá começaram a ganhar corridas, primeiro um agora o outro, assim sim! Para mim até foi bom, já não via um GPF1 há tanto tempo que soube bem ver a demonstração de força da dobradinha a que se juntou o maçarico voador a implicar outra vez com o taxista: foi-lhe á trazeira, hehehe, deve ter doído. Agora é apurar a técnica e voltar a repetir a dose aqui ao lado, eu lá estarei agarrado à televisão chinesa com a imagem toda desfocada e aqueles comentários engraçadíssimos, tem uma vantagem: como não percebo nada imagino sempre que estão a dizer maravilhas da Ferrari, fixe. Já agora só um comentário: eu sempre disse que o puto polaco ia dar que falar.
Já volto

Era inevitável


Pois claro, todos acabam por passar por isto, ontem fui ao almoço da malta da tropa, que cena dificil de prevêr. Um tipo vai descontraído porque já passaram uns anos (23) e, de repente, lá estão todos aqueles companheiros da «guerra» que até me custa a reconhecer ao longe. Mas, de perto, a memória desperta e parece que foi há poucos dias que corriamos atrás do instrutor quase a rebentar as pernas e, por causa de tão tenra idade, convencidos de que aquilo era mesmo a sério. Se a malta soubesse o que sabe hoje... havia de ser giro, todos com uma taxa de IVA impressionante ao nivel das barrigas a mandar o fulano dar uma volta ao bilhar grande e a falar mais baixo para não incomodar! É estranho como aquelas caras me são tão familiares ao fim de tantos anos, como se nos vissemos com regularidade, estranho cérebro o nosso. Quando apareceu o convite para o encontro pareceu-me ser apenas mais um convivio, nunca me passou pela cabeça que aquele bocadinho de juventude tivesse sido tão marcante na minha memória, só agora descobri isso. E foi porreiro! Vamos lá ver o que se segue, já há uns planos...

Já volto

10 fevereiro 2008

Porque sou escuteiro???

Muitas vezes me têm perguntado porque razão gosto de ser escuteiro, mesmo sem ter tempo disponível e estar já na idade da ternura...
A resposta nunca é fácil, quantas vezes eu próprio me questionei, em pensamentos, sobre as razões de uma ligação emocionalmente tão forte e consistente.
Mas há particularidades neste movimento que são, realmente, únicas: em que outro movimento ou instituição existe uma relação humana equivalente à que é travada, no escutismo, entre adultos e jovens?
Entrei para este movimento em 1980, um pouco antes da filiação do meu agrupamento de sempre, o 625 de Rio de Mouro, e a convite de um caminheiro que já lá andava na formação da unidade. Desde logo percebi que «aquilo» era diferente: as pessoas eram todas simpáticas e todos comunicavam sem formalismos vazios, não havia sr., sra nem tão-pouco você a organização era horizontal e éramos todos tu.
Aprendi a respeitar mas, sobretudo, a admirar os mais velhos bem como a ajudar os mais novos e a trabalhar com os meus companheiros Juniores e Séniores. Reparei que esse respeito e essa admiração vinham naturalmente de dentro de mim sem que tivesse sido preciso que alguém mos solicitasse.
Os anos foram passando e fui crescendo como escuteiro Sénior, depois Caminheiro (com a promessa feita a tempo de vêr João Paulo II na sua 1ª visita a Portugal, mas isso dava mais 30 páginas...) e depois animador da Alcateia com 17 anitos bem vividos. Acabei com um «verde» ao pescoço e cá ando até sei lá quando. De adolescente, passei a jovem adulto e, depois, a irmão mais velho (o carinhoso termo escutista para «cota»). Aquele respeito e aquela admiração pelas minhas referências escutistas permanecem bem vivos e agora reparo, também, que os elementos mais novos do agrupamento demonstram por mim um respeito, um carinho e uma admiração que são como um permanente alimento da alma. Consciente de que poderei ser para aqueles mais novos o que, para mim, foram o Chico, o Alfredo, o Zé Luís, a Bita e tantos outros que começaram esta aventura.
Juntando tudo isto obtemos um ambiente único, um movimento escutista de base em que os escuteiros e os seus chefes se admiram e estimam mutuamente como se não existisse nenhuma diferença de idades, que esta relação perdura no tempo e que, mesmo quando alguns se afastam do movimento permanecem no coração. Não conheço outros movimentos em que isto seja assim e talvez o segredo esteja, justamente, nesta simplicidade. E a ser assim, também os conflitos que surgem a outros niveis do CNE encontrem nisto explicação: talvez as pessoas aí se tenham esquecido da simplicidade das bases!
Porque sou escuteiro? Porque me sinto bem aqui!
Já volto

06 novembro 2007

Onde pára o BP?

Alguém viu por aí o escutismo? Sim, sim, aquele em que somos todos irmãos e nos damos todos bem e em que sabemos ultrapassar juntos as dificuldades com a mesma facilidade com que curtimos os bons bocados! Pois é, nunca mais o ví, nem tenho tido notícias, mas tenho saudades dele!
Já volto

28 outubro 2007

Grave

Não posso deixar passar em claro. Ontem, numa edição da SIC Noticias, foi dada a palavra ao advogado Pedro Namora, conhecido pelo seu envolvimento na defesa das crianças da Casa Pia. Tenho muito respeito pelo trabalho que tem feito e aprecio a forma desinibida e frontal com que aborda o flagelo da pedofilia. Apesar disto, fiquei indignado com as afirmações que ontem proferiu quando se referia a casos de pedofilia não apenas na Casa Pia mas também noutras instituições que nomeou e em que incluiu os escuteiros. Isto é uma acusação grave, não conheço nenhum caso de pedofilia no escutismo e parece-me pouco provável que tal seja possivel dada a forma como o escutismo está organizado. Se existe fundamento na acusação que foi feita isso deve ser tornado público imediatamente pois todos merecemos ter conhecimento do que se passa. Se a acusação é infundada devem ser pedidas responsabilidades ao advogado Pedro Namora e à estação emissora no sentido de repôr a verdade. Não podemos é deixar que isto passe sem consequências porque aqui está envolvida toda a actividade das instituições escutistas de Portugal.
Já volto

Está na onda

Pronto, a coisa já está a ficar mais composta, o meu puto mais novo chegou com a novidade: uma amiga e colega de turma não resistiu e pediu-lhe namoro na hora de almoço e pronto, lá tenho os dois rapazolas agarrados a namoradas e logo duas Joanas, isto é mesmo uma dinastia. Confesso que estou mais composto, isto de uma casa cheia é outra coisa.
Já volto

23 outubro 2007

Surpresa

Pois é, nem eu acreditava mas tá bem

FERRARI CAMPEÃ F1

Sabe bem
Já volto