Mas sinto um nervoso crescente, misto de revolta e inconformismo, resultante de tanto disparate. Já chega mas há muito tempo que já chega: não é possivel tanta estupidez, tanta desfaçatez, tanta incompetência e tanta impunidade, chega! Todos os dias há um ministro ou qualquer um dos seus lacaios que despeja porcaria pela boca fora, ofende as pessoas, faz do povo autentico lixo e não lhe acontece nada. Se um vai á China dizer aos chineses que aqui em Portugal é que se ganha pouco, outro assume publicamente que nunca atravessou nenhuma das pontes que ligam Lisboa á margem sul, só assim se entende que o estúpido pense que aquilo é um deserto e ache que um aeroporto precisa de ter escolas e hospitais por perto, como se as crianças aprendessem mais com o barulho e os doentes fossem transportados de avião em vez de ambulância ou helicoptero. Enquanto isso, ficamos a saber que a ditadura e a censura voltaram e os funcionários públicos não podem tecer comentários á debilitada formação académica do primeiro-ministro porque a seguir vão presos, ainda bem que este meu espaço não é público porque me arriscaria a ser castigado por ter chamado estúpido àquela besta do Mario Lino. Quando estes anormais falavam das argoladas do governo santanista não era, afinal, pelos disparates que aqueles faziam mas por estarem certos de que, com eles, poderia haver muitos mais disparates. Realmente a única coisa que melhorou neste país foi a execução fiscal porque, de resto, até já a tanga nos tiraram.
Já volto