Começar bem

Pois é, o novo mês não tem corrido mal - ainda mal começou, é claro - mas promete, aliás hoje o dia correu tão bem que fiz o que tem que ser feito num dia destes: saí a horas decentes antes que a coisa desse para o torto... Ontem também foi um dia importante não só para os putos que se encheram de festa mas porque pude participar numa reunião da Direcção do Agrupamento, isto sim é voltar ao mundo dos vivos, qualquer dia até apareço na Sede ou numa Actividade, hé-lá isto já é um bocado a abusar! Mas foi giro verificar que continuamos na mesma: todos curtos de tempo, mas todos cheios de vontade. Isto faz-me regressar à conversa anterior sobre o caminho do CNE que quer seguir uma «via profissionalizante» dos dirigentes, que não é compatível com as realidades que quase todos nós vivemos. A coisa é simples e em formato redondo: quem tem um bocado de tempo organiza um programa tão intenso que asfixia e impede que o comum chefe de escuteiros não consegue absorver porque tem os seus deveres no seu agrupamento, na sua paróquia e acima de tudo na sua familia. Todos os dias há uma reunião importante sobre um tema inadiável algures na região, todos os fins de semana há um Conselho importantíssimo ao qual não se pode faltar, a malta não pode estar em todo o lado e não vai, quem tem tempo vai e vota, depois ninguém pode reclamar se não esteve «lá». è claro que ainda ninguém ousou dizer com todas as letras que, se calhar, quem tem o tal tempo para tudo é exactamente quem também não sabe fazer nada, logo, não tem ocupação e consequentemente não tem conhecimentos ou sensibilidade para decidir ajuizadamente sobre a vida de um movimento destes. Depois querem que uma coisa tão simples e bela como o escutismo seja inundada de «disposições legais» e regras absurdas que desmotivam e afastam quem realmente tem capacidades e gosto por isto. E pá, nem parece que o dia me correu bem, mas correu
Já volto